sábado, 18 de junho de 2011

Espiritismo:

REGIÕES INFERNAIS

Na máquina administrativa Divina não existe um SPE, Serviço de Proteção ao Espírito, porque esse serviço faz parte do livre arbítrio de cada um e cada indivíduo é juiz de si mesmo, administrando suas limitações diante dos muitos dons descritos por Paulo em sua Epístola aos Coríntios. Segundo informações de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, o Espírito ao desencarnar, permanece na erraticidade o que significa estar caminhando sem rumo certo esperando novos destinos.

A pergunta nº. 1 do livro acima citado é a seguinte: “Que é Deus?” com tal resposta entende-se que Deus é algo extremamente sutil para o qual não existe definição possível mesmo que queiramos impingir-lhe diversas adjetivações, tais como: infinitamente bom, perfeito, imutável e outros tantos que mesmo com toda boa vontade jamais iremos descrevê-lo, pois, quanto mais termos colocarmos em algo que desconhecemos mais estaremos comparando-o aos homens. De súbito, lembramo-nos de que existe a certeza de que Deus não é alguém que permanece em seu posto infligindo punições aos seres encarnados. Certeza ainda de que Deus seria incapaz de criar um Planeta tão bonito como a Terra para que os Espíritos viessem para cá com a responsabilidade de pagar dívidas de um passado da qual não se lembram e muito menos nascer carregando um Karma, ou seja trazendo consigo uma mala de dívidas para resgatar. Kardec jamais usou o termo Karma, de origem indiana, usado entre os budistas, hinduístas e jainístas, embora alguns Espíritas costumem usá-lo ignorando ou, deixando de lado a Lei de Causa e Efeito que defende o “futuro baseado nas ações do presente”. Se Deus é infinito, infinita é a Sua obra e infinita é a caminhada dos Espíritos verdadeiros desbravadores das Leis Universais e das Obras do Criador.

Ao desencarnar, o espírito volta a seu estado “normal”, isto é, com lembranças passageiras das coisas e conceitos que levou da Terra até assumir a sua legitimidade, isto é, um ser responsável, responsabilidade esta, conquistada através das diferentes experiências adquiridas pelo acoplamento de diversas personalidades assumidas quando integrado na fileira das reencarnações.

Não é racional nem lógica a aceitação de regiões punitivas que somente conhecemos pelo falar dos médiuns e romances mediúnicos ou não. Nada até agora foi provado categoricamente da existência de regiões infernais, o que sabemos é que a situação de cada espírito está em suas próprias lembranças e seus sofrimentos ou sua paz espiritual, depende dessas lembranças. Levando-se em conta de que a Terra, supostamente, segundo algumas “teorias”, seja o lugar onde os espíritos expiam suas dívidas do passado e se põem à prova a fim de se mostrarem capazes de enfrentar as hostilidades morais e as diferenças sociais, econômicas e intelectuais mesclando toda uma população de raças, cores, preconceitos, não é lógico e nem ético admitir-se uma região umbralina circunscrita entre a crosta terrestre e as imaginárias colônias espirituais. Esta é a verdadeira máquina da força de homens sobre homens.

A Doutrina da reencarnação é: o esplendor e a aurora dos seres feitos pelo Criador que, colocados no ritmo das imutáveis Leis Divinas seguem serenamente como aleluias em busca da luz.

Enfim tudo o que sabemos são informações de médiuns, regras impostas pelas diferentes religiões e fruto de uma educação baseada no temor a Deus e em seus castigos.

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