segunda-feira, 20 de junho de 2011

Crônicas

CALÇADAS

Em Vila Velha/ES, no início do governo municipal, foi afixado nos ônibus urbanos um cartaz que descrevia o CÓDIGO DE POSTURA DE CALÇADAS.

Entendemos por calçada o espaço destinado aos pedestres, espaço este não respeitado pelos proprietários dos imóveis que não se preocupam em acabar com os inúmeros buracos nas suas calçadas.

Quando vi e li o Código de Postura de Calçada, fiquei feliz. Imaginei que a Prefeitura passaria a exigir que todas as calçadas fossem refeitas dentro das normas ali estipulas pelo Departamento de Obras da Prefeitura. Exultei com a notícia imaginando uma cidade sem buracos e as calçadas passariam a ser realmente PASSEIOS, aonde crianças e idosos pudessem desfrutar daquele espaço, não somente para caminhar, mas também para passear com os netinhos sem medo de cair e se ralar todo.

Infelizmente o cartaz não permaneceu nos ônibus. Muitas pessoas o ignoraram e os avisos foram esquecidos, rasgados, e amassados dentro da lixeira do coletivo. Vi algumas calçadas novas dentro das normas, mas, ignoro se a Prefeitura passou a cobrar dos proprietários de imóveis a Postura correta de sua calçada.

Pois bem, há poucos dias tivemos a notícia de que os idosos estão caindo mais. Essas quedas são atribuídas à pouca visão, à hipertensão, às diabetes, à falta de cuidados dos parentes, entretanto, ninguém se referiu ÀS CALÇADAS.

Citam, tropeçou num buraco e caiu.

E esse buraco estava onde? Certamente numa calçada.

Tempos depois em bairros mais afastados do Centro do Município, moradores começaram a embelezar a rua onde moram com calçadas bem construídas, revestidas de cerâmica antiderrapante e acabamento de granito assentado em cima do meio fio o que eleva a altura da calçada em cinco ou seis centímetros.

Particularmente o idoso, acostumado a elevar o pé para subir na calçada encontra uma outra medida daquela com a qual estava acostumado durante muitos e muitos anos de sua vida.

E pode crer, o idoso tropeça e cai se machuca todo e nada acontece com o proprietário infrator do Código de Postura de Calçadas.

Não há fiscalização e, encontramos degraus na divisa de uma propriedade e outra, subidas abusivas para entrada de carro, vasos de vários tamanhos enfeitando a frente das casas, construção indevida na calçada, lixeiras em lugar impróprio, tudo isso e muito mais impedindo a acessibilidade de todos, particularmente dos idosos, cadeirantes e deficientes visuais.

Sei que a Prefeitura tem muito a fazer em Vila Velha, entretanto, vai aqui uma sugestão:

  1. Fazer as calçadas mediante pagamento parcelado dos proprietários.
  2. Com aviso prévio e prazo determinado multar os proprietários de terrenos baldios, infestados de lixo, sem muro e sem calçada.
  3. Mostrar-se solidária com os mais pobres oferecendo-lhes material sendo a mão de obra por conta própria, com prazo para término, dentro das normas municipais.
  4. Reformulação das calçadas mais altas, construídas com piso sobre piso, infringindo o Código de Postura.

Com pequenas particularidades nos bairros de Vila Velha teremos uma cidade digna para se morar e os idosos, cadeirantes e deficientes visuais, agradecem.

*

Moradora de Guaranhuns, 77 anos de idade, com o rosto ralado por tropeçar numa calçada acima da altura prevista pelas normas Técnicas, e acabamento com piso antiderrapante.

*

Contos

PREVIDÊNCIA FUNERÁRIA

Por ocasião do enterro de “seu” Inocêncio, os poucos amigos que lá estiveram fizeram mesuras a respeito do bom velhinho.

No discurso de despedida alguém, em rápidas palavras, descreveu sua aparência física frágil e sua nobre silhueta moral.

O caixão foi fechado e, depois do funeral, todos cabisbaixo voltaram para suas casas.

Dona Zoraide, a dona da pensão foi a que mais sentiu, se não a única que verdadeiramente sentiu a falta do “seu” Inocêncio ou do aluguel que ele pagava-lhe pelo quartinho.

Ele era bom, generoso, nunca atrasou um só mês de aluguel. Pagava religiosamente. Quase não comia em casa, saia muito.

Pouquíssima vez se recordava que tivera família e filhos. Seu olhar se orvalhava e ele disfarçava passando no rosto um lenço amarrotado que sacava do bolso do paletó.

A dona da pensão sentidamente suspirava; - Quando vou encontrar outro inquilino como ele. . .

Um mês depois da cerimônia fúnebre do bom homem, eis que estaciona um carro de funerária na porta da pensão. O motorista era um homem de paletó, gravata e pasta na mão à procura do “seu” Inocêncio.

A vizinhança queria saber:

- O que aconteceu?

- Quem morreu?

As perguntas eram todas aquelas que são feitas quando ambulância, bombeiros, polícia e funerária encosta seus carros na frente de alguma casa.

Alguns, os mais curiosos, se achegaram para perto da porta da pensão com o intuito de ouvir o que o homem engravatado estava falando para dona Zoraide.

Depois de cumprimentar, educadamente a senhora, o homem com a pasta perguntou:

- O senhor Inocêncio mora aqui?

- Morava.

- Como?! Ele se mudou? Deixou o novo endereço.

- Não ele não se mudou e onde ele foi morar eu não sei.

- Que aconteceu com ele?

- Morreu.

O homem, surpreso, esbugalhou os olhos na direção de dona Zoraide e virou uma locomotiva.

- Minha senhora eu sou da funerária, isso não pode ter acontecido.

- Como não, muita gente morre de repente!

- Não pode ser. Há pouco mais de um mês “seu” Inocêncio encomendou os serviços funerários como medida preventiva, ou seja, para o futuro, entende. Ele não pode ter morrido. Onde é que ele foi enterrado?

- Foi tudo feito como estava no papel da funerária.

Furioso, o engravatado irrompeu pela pensão á procura do velho e por mais que a dona do estabelecimento explicasse que o bom velhinho estava morto, o agente parecia não entender. Daquela pessoa fina e treinada para promover vendas, o homem foi se transmudando para uma fera em busca da presa.

Filho da mãe, desgraçado, caloteiro, pilantra tudo isso foi pouco diante dos demais impropérios pouco literários.

A dona da pensão boquiaberta pedia respeito a ela e aos mortos.

Nada calava o homem, não adiantava, a fúria do vendedor estava no fato do bom velhinho ter encomendado os serviços em quatro parcelas no crédito e, de repente a conta bancária não existia mais.

- O Banco não vai cobrir a dívida e vai cair tudo nas minhas costas. - gritava o rapaz.

O que o homem não entendia era porque o bom velhinho teve um colapso repentino antes de pagar a conta!

- Eu devia saber, gritava ele, não devia ter vendido os serviços a um velho. Vou ter de cobrir as despesas.

O nó da gravata já estava afrouxado. . . O paletó jogado no espaldar de uma cadeira. . . e , agora, desabotoava o botão do colarinho.

Suava a não poder mais.

Num momento de lucidez, gritou: - Ele tem família?

- Nunca nos deu notícias dela a não ser em alheias lembranças.

- Salafrário.

- Pare de xingar o defunto!

- Que defunto, minha senhora, se fosse um defunto, juro que eu o arrancaria da cova para pagar o que me deve.

- Isso lá é verdade, ele não ficou um defunto, suas cinzas foram espalhadas nas areias da praia. Foi uma cerimônia de cremação muito bonita.

- Ainda mais essa, pediu para espalhar suas cinzas nas areias da praia para que ninguém o encontrasse mais.

A dona da pensão tentava amenizar aquela situação e:

- Foi tudo feito do bom e do melhor, muitas coroas, flores. Foi o funeral mais luxuoso que eu já vi.

- Tenho certeza, minha senhora, tenho certeza porque foi o funeral mais caro também. . . Passando o lenço pela testa molhada de suor arriscou perguntar: - O desgraçado sabia que ia morrer?

- Não senhor, ele morreu quando leu o conteúdo deste envelope, o médico atestou enfarte fulminante.

O agente, calado, pegou o envelope com o timbre da funerária “Repouse em Paz”.

De volta ao escritório se apresentou ao sócio e logo foi falando:

- É melhor nem mexer nisso. O pessoal dos serviços cumpriu o contrato.

- Como cumpriu o contrato?

- O velho morreu antes de pagar a primeira parcela e a conta no Banco está encerrada. Enfarte fulminante quando leu o valor da fatura.

- Não lhe deram o orçamento na hora?

- Deram, mas, como ele queria um bom serviço, assinou tudo sem ler pagou com cartão de crédito.

- Ah! Entendi.

Cabisbaixo, o dono da Funerária resmungou: - Sinceramente, esta é a primeira vez que um defunto nos dá um tombo!

- É acontece. Sempre tem uma primeira vez! – respondeu o sócio, vendedor.

sábado, 18 de junho de 2011

Espiritismo:

REGIÕES INFERNAIS

Na máquina administrativa Divina não existe um SPE, Serviço de Proteção ao Espírito, porque esse serviço faz parte do livre arbítrio de cada um e cada indivíduo é juiz de si mesmo, administrando suas limitações diante dos muitos dons descritos por Paulo em sua Epístola aos Coríntios. Segundo informações de O Livro dos Espíritos de Allan Kardec, o Espírito ao desencarnar, permanece na erraticidade o que significa estar caminhando sem rumo certo esperando novos destinos.

A pergunta nº. 1 do livro acima citado é a seguinte: “Que é Deus?” com tal resposta entende-se que Deus é algo extremamente sutil para o qual não existe definição possível mesmo que queiramos impingir-lhe diversas adjetivações, tais como: infinitamente bom, perfeito, imutável e outros tantos que mesmo com toda boa vontade jamais iremos descrevê-lo, pois, quanto mais termos colocarmos em algo que desconhecemos mais estaremos comparando-o aos homens. De súbito, lembramo-nos de que existe a certeza de que Deus não é alguém que permanece em seu posto infligindo punições aos seres encarnados. Certeza ainda de que Deus seria incapaz de criar um Planeta tão bonito como a Terra para que os Espíritos viessem para cá com a responsabilidade de pagar dívidas de um passado da qual não se lembram e muito menos nascer carregando um Karma, ou seja trazendo consigo uma mala de dívidas para resgatar. Kardec jamais usou o termo Karma, de origem indiana, usado entre os budistas, hinduístas e jainístas, embora alguns Espíritas costumem usá-lo ignorando ou, deixando de lado a Lei de Causa e Efeito que defende o “futuro baseado nas ações do presente”. Se Deus é infinito, infinita é a Sua obra e infinita é a caminhada dos Espíritos verdadeiros desbravadores das Leis Universais e das Obras do Criador.

Ao desencarnar, o espírito volta a seu estado “normal”, isto é, com lembranças passageiras das coisas e conceitos que levou da Terra até assumir a sua legitimidade, isto é, um ser responsável, responsabilidade esta, conquistada através das diferentes experiências adquiridas pelo acoplamento de diversas personalidades assumidas quando integrado na fileira das reencarnações.

Não é racional nem lógica a aceitação de regiões punitivas que somente conhecemos pelo falar dos médiuns e romances mediúnicos ou não. Nada até agora foi provado categoricamente da existência de regiões infernais, o que sabemos é que a situação de cada espírito está em suas próprias lembranças e seus sofrimentos ou sua paz espiritual, depende dessas lembranças. Levando-se em conta de que a Terra, supostamente, segundo algumas “teorias”, seja o lugar onde os espíritos expiam suas dívidas do passado e se põem à prova a fim de se mostrarem capazes de enfrentar as hostilidades morais e as diferenças sociais, econômicas e intelectuais mesclando toda uma população de raças, cores, preconceitos, não é lógico e nem ético admitir-se uma região umbralina circunscrita entre a crosta terrestre e as imaginárias colônias espirituais. Esta é a verdadeira máquina da força de homens sobre homens.

A Doutrina da reencarnação é: o esplendor e a aurora dos seres feitos pelo Criador que, colocados no ritmo das imutáveis Leis Divinas seguem serenamente como aleluias em busca da luz.

Enfim tudo o que sabemos são informações de médiuns, regras impostas pelas diferentes religiões e fruto de uma educação baseada no temor a Deus e em seus castigos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

CONTO - PRESIDENTE

O PRESIDENTE

O nome do homem não importa e o lugar é lá, numa zona rural, perto do córrego da Onça, onde de tudo acontecia um pouco.

Ele adentrou-se na sala para uma reunião comunitária de emergência. Na condição de Presidente, já sabia que durante os debates somente não sairia tiro, porque, de resto, até palavras pouco literárias ecoariam pelas janelas abertas fazendo corar as vacas pastando tranquilamente ali por perto. Mas, naquela reunião, diferentemente das demais que não se falava quase nada, o assunto foi sobre a chuvarada da noite anterior.

Uma árvore fora arrancada pela ventania e estava atravessada na estrada principal; parte do morro da Jurubeba desmoronara interditando a estrada secundária; a ponte sobre o rio Biririca caíra e o córrego da Onça ficara encalacrado por detritos nas águas provocando enchente em toda a baixada do Troncoso.

O Presidente ouviu e ouviu, percebendo que o caso era chumbo grosso, trabalho que não acabaria mais, não somente pela mão de obra, mas pela falta de recursos. A Comunidade não tinha dinheiro em Caixa, a Prefeitura não ajudava porque as propriedades daquela região eram particulares e os vereadores nem sequer davam uma mãozinha. Não era época de eleição, nem de campanha!

O Presidente ficou com a cachola fervendo e, durante os debates, pelo menos em pensamento resolveu que cairia fora, já estava velho mesmo, que arranjassem alguém mais novo capaz de resolver aquela atrapalhação que o mau tempo fizera.

De volta a casa continuou pensando: não moro naquelas bandas, não uso aquelas estradas, não passo por aquela ponte e a enchente não atingiu o meu pasto. Que se virem!

Mas, homem de vida simples, honrada, daqueles que um fio de bigode valia por um recibo e a palavra empenhada não voltava atrás, parou na venda da estrada matutando se o que estava decidido fazer era o certo.

Conversando com o vendeiro sobre a tempestade da noite anterior, foi bebericando um trago, outro e mais outro. A cachaça era aquela das boas lá do alambique da fazenda Muriçoca. Ele pensava, uma vez ou outra não faria mal.

O sol já ia lá pelas três da tarde e o Presidente deu adeus ao vendeiro. Num ziguezaguear desordenado, tocando galinhas, lá ia o homem pela estrada rumo à sua casa esquecendo-se da bicicleta na venda.

Lá adiante, tendo ainda uma légua pela frente, sentou-se à sombra de um arvoredo. À sua frente desfilava uma cerca e ele ficou olhando cada pau fincado lado a lado presos por quatro fios de arame farpado. De repente, ele teria bebido demais ou um pau de cerca estava se mexendo e ia falar alguma coisa!? Esfregou os olhos com força, olhou novamente, a coisa era séria. Sua bebedeira estava-lhe fazendo ver e ouvir coisas.

- Hei amigo, você está querendo acabar com o grupo comunitário? Por quê? Seus vizinhos confiam em você. Você é a pessoa certa no lugar certo.

- Qual nada, não sou nada naquela comunidade. Só me escolheram para Presidente por respeito. Sou morador mais antigo da região e também o mais velho.

-Não se desmereça. Olhe para mim. Um dia fui brutalmente arrancado de uma frondosa árvore que todos os anos floria lá na mata. Depois fui fincado neste buraco em que estou, sonho em atravessar o pasto e voltar para a bela floresta de onde vim e ficar feliz para sempre...

O Presidente ia dizer alguma coisa, mas a voz continuou: - Você já imaginou o desarranjo que causaria a minha saída daqui para gozar as delícias de uma vida sem preocupação?

O Presidente estava boquiaberto. Estaria conversando com um pau de cerca?! Esfregou os olhos novamente e resmungou: - Eu bebi demais ou estou endoidando! Deu-se um tapa na cabeça e completou:- Pau de cerca não fala, sua besta!

Pôs-se de pé, e numa ginga só dirigindo-se ao pau, perguntou: - Você também está querendo cair fora assim como eu? Deu os primeiros passos. Tropeçando aqui e ali, continuou andando e falando aos paus de cerca alinhados ao longo da estrada.

- Por estas bandas já ouvi muitos casos, de saci montando garupa de cavalo; de mula sem cabeça assustando tropas de burro, mas pau de cerca falando é a primeira vez e, num instante de lucidez:- Também é a primeira vez que encho a cara de pinga até não poder mais.

Já bem lá adiante, refrescou o rosto nas águas de um riacho. Em casa, justificou-se com a patroa, depois, de esguelha, olhou a cerca que separava o quintal de sua casa do pasto. Chamou a mulher. Lá veio ela enxugando as mãos num pano de prato, feito de saco, todo bordado pelas beiradas.

- Mulher, que você acha da gente tirar aquele pau velho da cerca?

Estranhando o estado do marido e da pergunta, sem dar muita atenção, respondeu simplória:

- Se não se colocar outro pau no lugar, a cerca enfraquece e pode cair.

Voltou à cozinha arrastando as chinelas de pano e a toalha de pratos sobre o ombro.

O Presidente, com a cabeça arrebentando de dor, aproximou-se da cerca e do tal pau.

- Meu velho, vê se agüenta um pouco mais até que se arrume um substituto para o seu lugar.

As pernas fraquejaram e o Presidente esborrachou-se ali mesmo, tendo a mulher, pacientemente, o recolhido à casa.

No dia seguinte, ainda com peso na cabeça, o homem selou a mula e foi ao encontro do grupo comunitário para uma segunda reunião. Lerdamente seguia.

Ao passar pelo arvoredo da véspera, desconfiado, foi diminuindo ainda mais a marcha do animal. Parou em frente ao tal pau que na véspera falara com ele, mas o pau estava imóvel, calado e parecia surdo também. Pelo sim ou pelo não, olhou dos lados e certificando-se que estava só, confessou:

- Estive pensando naquilo que você me disse ontem. Resolvi continuar no meu posto, afinal ninguém tem culpa de ter chovido tanto, e ademais entendi que embora não sendo um mourão, de certa forma sou parte daquela cerca.

Jogou o cigarro de palha fora, cuspiu longe, ajeitou o chapéu na cabeça e se foi.

* * *

Protegido por direitos autoriais.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

NA OUTRA FACE DA VIDA

EM BUSCA DO VALE ENCANTADO

O SEGREDINHO DO VIDA




TODOS OS CORPOS (minerais, vegetais, animados ou inanimados, os sólidos , os líquidos ou os gasosos) QUALQUER QUE SEJA SUA VARIEDADE PODEM SER CLASSIFICADOS EM DOIS GRUPOS:

1. SERES ORGÂNICOS: TRAZEM EM SI UMA FONTE DE ATIVIDADE INTIMA QUE LHES DA A VIDA, ELES NASCEM, CRESCEM, REPRODUZEM POR SI SÓ E MORREM. SÃO ELES OS HOMENS, PLANTAS E ANIMAIS.

2. SERES INORGÂNICOS: NÃO POSSUEM ESSA FONTE DE ATIVIDADE, NÃO TEM MOVIMENTOS PROPRIOS E SE FORMAM POR AGREGAÇÃO DA MATERIA. SÃO ELES OS MINERAIS (oxigênio, hidrogênio, azoto, carbono), AGUA, AR E OUTROS........

A FORÇA QUE UNE OS DOIS É A MESMA, É A LEI DA ATRAÇÃO.

A MATERIA DOS DOIS GRUPOS OU SEJA DAS PLANTAS, DO HOMEM, DOS ANIMAIS, DO MINERAL SÃO AS MESMAS SÓ QUE NO SERES ORGÂNICOS ELA ESTÁ ANIMALIZADA PELO PRINCÍPIO VITAL (O SEGREDINHO DA VIDA).

ESSE SEGREDO (PRINCIPIO VITAL) É ATIVO NO SER VIVENTE E EXTINTO NO MORTO.

CURIOSIDADE:

A QUÍMICA COMPÕE E RECOMPÕE OS CORPOS INORGÂNICOS (que não têm vida).
A MESMA QUÍMICA DECOMPÕE OS CORPOS ORGANICOS, POREM JAMAIS RECONSTITUIU UMA SIMPLES FOLHA MORTA
ISSO TRAZ A PROVA EVIDENTE DE QUE NO ORGANICO HÁ ALGUMA COISA QUE NÃO EXISTE NO INORGANICO.
SERIA O PRINCIPIO VITAL, O SEGREDO DA VIDA.

O PRINCIPIO VITAL TEM SUA FONTE NO FLUIDO COSMICO UNIVERSAL.

O PRINCIPIO VITAL É O MESMO PARA TODOS OS SERES, ELE SE MODIFICA SEGUNDO CADA ESPECIE.

O PRINCIPIO VITAL DA O MOVIMENTO E A ATIVIDADE A MATERIA E OS DISTINGUE DA MATERIA INERTE (da pedra, água)


A VIDA

É A UNIÃO DA MATERIA COM O PRINCIPIO VITAL.

OS SERES ORGANICOS CONTEM O PRINCIPIO VITAL LATENTE. QUANDO O ORGANISMO AGE SOBRE O PRINCIPIO VITAL PRODUZ O FLUIDO VITAL E O DESENVOLVIMENTO DO SER COMEÇA.

POR EXEMPLO: A ROSEIRA: QUANDO EXTRAIMOS A MUDA DELA O TALO ESTA CHEIO DE PRINCIPIO VITAL QUE VEIO DA PROPRIA ROSEIRA, EM CONTATO COM A TERRA, AGUA, E LUZ, ORGANISMO AGE SOBRE O PRINCIPIO VITAL PRODUZ O FLUIDO VITAL E A PLANTA COMEÇA A SE DESENVOLVER.

O OVO: EXISTE UM PRINCIPIO VITAL LATENTE, QUANDO ESSE OVO É COLOCADO PARA CHOCAR UM AGE SOBRE O OUTRO, PRODUZ O FLUIDO VITAL E O DESENVOLVIMENTO DO PINTINHO COMEÇA.

O FEIJÃO: OU QUALQUER SEMENTE. O PRINCIPIO DA VIDA ESTÁ LÁ. BASTA DARMOS CONDIÇÕES (AGUA, TERRA, LUZ) UM AGE SOBRE O OUTRO, PRODUZ O FLUIDO VITAL E COMEÇA O CRESCIMENTO DA PLANTA.

O MESMO ACONTECE COM OS ANIMAIS E O HOMEM.

O CONJUNTO DOS ORGÃOS INTERNOS (que são o coração, pulmão, os rins, o fígado, o baço, o pâncreas) CONSTITUI UM MECANISMO QUE RECEBE O IMPULSO DO PRINCIPIO VITAL, QUANDO OS ORGÃOS RECEBEM ESSA FORÇA, COMEÇAM A TRABALHAR E PRODUZEM O FLUIDO VITAL

A MORTE

A CAUSA DA MORTE NOS SERES ORGANICOS É A EXAUSTÃO, O ESGOTAMENTO DOS ORGÃOS.

OS ORGÃOS TRABALHAM EM HARMONIA, QUANDO ALGO DESTROI ESSE MECANISMO AS FUNÇÕES ACABAM E O PRINCIPIO VITAL FICA IMPOTENTE PARA PÔ-LO EM MOVIMENTO.

A CENTELHA DIVINA CRIADORA DA VIDA, NELE NÃO EXISTE MAIS.

QUANDO FALAMOS EM MORTE, ESTAMOS FALANDO DA MATERIA, DO CORPO, PORQUE O ESPIRITO NÃO MORRE JAMAIS.

COM A MORTE, A MATERIA SOFRE NOVAS COMBINAÇÕES E FORMAM OUTROS SERES, AS BACTERIAS, OS MICRO-ORGANISMOS E QUANDO ELES FIZEREM SEU PAPEL NA DECOMPOSIÇÃO DESTA MATERIA, TAMBEM DEIXAM DE EXISTIR E VOLTAM PARA A FONTE DE ONDE VIERAM DO FLUIDO COSMICO UNIVERSAL.


FLUIDO VITAL


A QUANTIDADE DE FLUIDO VARIA SEGUNDO AS ESPÉCIES E NÃO É CONSTANTE EM NENHUMA DELAS.
ISTO É JOÃO PODE TER MAIS FLUIDO QUE MARIA, JOAQUIM MENOS QUE JOÃO, E UM DIA JOÃO QUE TINHA BASTANTE PODE VIR A PRECISAR.

O FLUIDO VITAL PODE SE ESGOTAR E DEVEMOS SEMPRE RENOVA-LOS.

RENOVAMOS NOSSOS FLUIDOS ATRAVES DE NOSSA ALIMENTAÇÃO, TRANSFUSÃO DE SANGUE, DOAÇÃO DE ORGÃOS, ORAÇÕES, PALAVRAS DE OTIMISMO, MANTENDO NOSSO BOM ANIMO, EVITANDO AS TRISTEZAS PROFUNDAS, DEPRESSÕES, RENOVAMOS PELOS PASSES QUE NADA MAIS É QUE UMA TRANSMISSÃO DE FLUIDOS DE UMA PESSOA PARA A OUTRA.



INTELIGENCIA E INSTINTO

A INTELIGENCIA NÃO TEM NADA A VER COM O PRINCIPIO VITAL, TANTO QUE AS PLANTAS, OS ANIMAIS NÃO PENSAM E TEM PRINCIPIO VITAL.

UM CORPO PODE VIVER SEM INTELIGENCIA.(plantas e animais)
LOGO A INTELIGENCIA PRECISA DE UM CORPO E DE UM ESPIRITO.(humanos)

OS ANIMAIS AGEM PELO INSTINTO.

OS HOMENS AGEM PELO INSTINTO E PELA INTELIGENCIA.

O INSTINTO E A INTELIGENCIA NO HOMEM SE CONFUNDEM, MAS SE PRESTARMOS BEM ATENÇÃO SABEREMOS QUANDO USAMOS UM E OUTRO.

O INSTINTO É ATO INVOLUNTÁRIO.

EXEMPLO QUE O HOMEM USA O INSTINTO:

ANDAR É UM INSTINTIVO, AGORA PENSAR NO CAMINHO QUE ELE VAI TOMAR, VIRAR PARA DIREITA DUAS PARA ESQUERDA É A INTELIGENCIA.
SE ELE ESTA ANDANDO ELE VÊ UM BURACO, PULA.
SE ELE FOR PENSAR O QUE VAI FAZER, MANDAR ESSA INFORMAÇÃO PARA O CEREBRO PROCESSAR ELE JÁ CAIU NO BURACO.

A FONTE DA INTELIGENCIA ESTÁ NA INTELIGENCIA UNIVERSAL E É PROPRIA DE CADA UM.

O INSTINTO É UMA INTELIGENCIA NÃO RACIONAL, ELE AJUDA A PROVER AS NECESSIDADES (FOME, FRIO, CALOR, PERIGO, SEDE).

O INSTINTO NO HOMEM SEMPRE VAI EXISTIR MESMO QUE ELE FIQUE CADA VEZ MAIS INTELIGENCIA ELE FARÁ PARTE DELE.

É O INSTINTO CONDUZ O HOMEM COM MAIS SEGURANÇA DO QUE A RAZÃO. SÓ QUE O HOMEM ESCUTA MAIS A RAZAÕ DO QUE OS CONSELHOS DOS INSTINTOS.

A RAZÃO PERMITE O HOMEM A ESCOLHER (LIVRE ARBITRIO) E SEUS VICIOS E MÁS PAIXÕES, TENDENCIA AO MAL FAZ COM QUE ELE NEM SEMPRE ACERTE.